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à nora com a sogra

Um blog sobre histórias de família em geral e mães de maridos em particular. Ou um registo terapêutico de episódios reais que mais parecem ficção.

As autoras:

Arquivo:

@ Facebook [03.14]

Estávamos esta tarde no jardim e eu comentei com o meu Coiso que hoje se ouviam muitas sirenes de polícia, coisa nada normal aqui nas redondezas. 
Resposta dele:
- Não vês que hoje é dia de almoço com sogras e sogros? Dia de roupa suja.
Fiquei sem resposta. 
Verdade, verdadinha.
[Coisa @ 30/03/2014]

 

 

Numa das vezes que a sogra mudou de casa, fui dar uma mão nas limpezas.
Pois que aspirei paredes, lavei vidros e chão, limpei portas e sei lá mais o quê. 
No final do dia, em vez de me agradecer, a minha rica sogra foi ter com o filho e deu-lhe 20€ dizendo "toma, para a Criatura comprar qualquer coisinha". 
Então não merecia um pano-do-pó nas ventas?!

[Criatura @ 30/03/2014]

 

 

O sonho da vida da minha sogra é que todos os filhos/filhas se divorciem das/os mulheres/maridos, levem todos os netos/netas com eles e vão viver com ela. 
Eu não estou a especular, as palavrinhas saíram-lhe todas da boca.
Se isto não é ultra cruel e mega twisted então não sei. 
[Criatura @ 27/03/2014]

 

 

Dizer às minhas filhas [suas netas, entretanto] que o pai um dia vai deixar a mãe delas por uma mulher mais bonita e magra. Porque a mãe delas é muito gorda e os homens não gostam de mulheres gordas. 
Oh avó... - diz a de 5 -... foi por isso que o Avô se foi embora e agora temos outra avó!! Porque a avó é muito gorda!
Há que dar a mão à palmatória e reconhecer a capacidade de argumentação da miúda. Está preparada para o futuro. 
[Coisa @ 26/03/2014]

 

 

Uma das vezes que a minha sogra decidiu casar, a mania das grandezas atacou-lhe em grande e vai daí, resolveu casar nos Jerónimos, vestido branco, véu de x metros e tudo o resto que se vê nos filmes. 
Teria sido menos estranho se as netas não fossem as meninas das alianças. 
Ou se não tivesse convidado o então presidente da República, Jorge Sampaio. Este, claro, tinha mais que fazer e mandou um representante entregar uma prenda de casamento e participar na boda. Mas o representante deve de ter achado tudo muito cómico, a julgar pelo ar dele ao ver uma avó obesa, de vestido de noiva, a fazer o leilão da liga, em cima de uma mesa. 
Será este o limite do extraordináriamente ridículo que uma sogra possa fazer?
Não. Mas isso é história para os 1000 fans 
[Coisa @ 25/03/2014]

 

 

Ontem foi o que foi... Para hoje: entrei na casa de banho do andar de cima e dentro do lavatório estava uma aranha gigante, e quando eu digo gigante é porque era mesmo grande, enorme, horrível e peluda. Primeiro ia tendo uma síncope, depois berrei como se me estivessem a matar. A minha sogra, definitivamente, já sabe que esta página é sobre ela.
[Criatura @ 23/03/2014]

 

 

Hoje: primeiro parti o galheteiro e espalhei azeite e vinagre pelo chão da cozinha, mais tarde parti um copo de vinho tinto em cima da bancada. Para limpar o estrago deste último, peguei num pote com sementes, que se abriu espalhando as ditas por todo o lado. Cá para mim a bruxa da minha sogra já descobriu que ando a escrever este blog/página.

[Criatura @ 22/03/2014]

 

 

Ó Coisa, eu tenho mais sorte que tu!
A minha nem falava, desligava logo o telefone. Ligava, eu atendia, ela desligava. Depois ligava outra vez e como era eu na mesma, voltava a desligar. Uma vez fez isso 3 vezes seguidas.
Ainda podia ser inteligente e não mostrar o número, mas não, ligava do telemóvel que estava memorizado no nosso telefone e a identificava imediatamente.
À terceira chamada respondi-lhe para o vazio: "Olhe D. ****** se quer falar com o Homem tem de ligar para o número dele, aqui em casa só estou eu." 
Foi remédio santo.
[Criatura @ 14/03/2014]

 

 

- Estou? 
- AH! És tu, Coisa...
- Como está, D.Sogra. Sou eu, sim. 
- O meu filho, não atendeu porquê?
- Porque ligou para o meu telemóvel. Se quiser falar com ele, terá que ligar para ele.
- Ora essa! Já gastei esta chamada, passa lá o telefone, preciso falar com ele.
- O seu filho está a trabalhar. Tem mesmo que ligar para ele.
- Ah. Então... liga-lhe lá tu e manda-o ligar-me. Com urgência. 
desliga-me o telefone)
Ligo para o Coiso e dou-lhe o recado. Ele não tem paciência, tem mais em que pensar, está no trabalho e acabou por se esquecer.
No dia seguinte liga-me uma daquelas velhas caquéticas, amiga da sogra há uns 100 anos, a desancar-me porque não autorizo o filho a ligar à mãe. 
Numa primeira ronda, consigo explicar-lhe que dei o recado e que o Coiso é grandinho para decidir ligar ou não.
Dá-me um discurso ainda maior por não ter OBRIGADO o homem a ligar à mãe. 
No meio das asneiradas em tom de voz de galinha, lá inspirei fundo e perguntei se era alguma coisa muito importante. 
- A Sogra precisa que o filho lhe pendure uns quadros! 
- Oh. Não é assim nada de especial. Pensei que fosse algo urgente. 
- E o que é urgente para a menina? [Detesto que me chamem menina]
- Olhe, que estivesse aflita, sei lá. 
- Pois e está! Vai ter visitas e os quadros por pendurar. 
Às vezes irrita-me ser tão bem educada. Porque ouvi até ao fim e não respondi o que me passou pela cabeça. 
Haja paciência.

[Coisa @ 14/03/2014]

 

 

Coisas à [minha] sogra: quando nos mudámos para outra cidade, e como ía poucas vezes a nossa casa (NOT), pedia sempre ajuda ao filho que a fosse buscar. 
Ora, num certo fim de semana, o Coiso não estava para ouvir as lamentações da mãe e disse-lhe que lhe apetecia um dia sossegado. Não a foi buscar. 
A senhora não esteve para modas. Meteu-se no comboio.
Estava eu a sair do Pingo Doce e vejo-a entrar num prédio, quatro abaixo do nosso. Estranhei mas ignorei. Não era nada comigo. 
Nem me lembrei mais até ao momento que um vizinho me bate à porta a dizer que a mãe do Coiso estava a passar mal na casa dele. 
Eu nem conhecia o vizinho, por isso imaginem a minha cara.
A sogra andava há horas a bater a todas as portas à procura do filho. 
Correu os prédios todos da avenida. Todos os andares. O nosso era o último prédio. 
O vizinho compadeceu-se da sogra (que entretanto, estafou) e de papel em riste assumiu a busca que faltava. 
Lá tive que gramar com a sogra e um marido irritado. E vizinhos que para sempre me perguntavam pela sogra. 

[Coisa @ 13/03/2014]

 

 

Não pensem que eu só sei dizer mal da minha sogra. Nãaaaaaa. Eu também sei dar valor.
E sabem o que é que é de valor?
É praticamente nunca ter morado no mesmo -PAÍS- que a alminha!!
(Se morasse a 100 metros como a sogra da Coisa eu já estaria certamente internada numa instituição psiquiátrica para casos perdidos.)
[Criatura @ 07/03/2014]

 

 

Estava aqui a pensar o que será que passa na cabeça da sogra para achar normal aparecer-me às 7:30 da manhã de um domingo, com tachos e panelas enrolados em panos a cheirar a cozido e enchidos, pronta para abancar o dia todo. 
Nesse dia, comunicou-nos que se ia mudar para a rua atrás da nossa casa. Estávamos casados há menos de um ano. [Eu ainda ficava calada...]
De 100 km de distância, passámos a ter sogra a 100 metros. 
Não sei dizer se o meu estômago embrulhou com o cheiro nauseabundo logo de manhã, se da notícia.
[Coisa @ 07/03/2014] 

 

 

E daquela vez que a Sogra mandou bordar um enxoval completo de bebé, da fralda de pano aos lençóis de berço passando pelos babetes, com o nome dela, para a minha filha? 
Escusado será dizer que isso não me fez mudar a intenção do nome da miúda, uma única vez.
[Coisa @ 06/03/2014]

 

 

Isto deve ser só comigo que acontece mas, quando a sogra reclama que o filho já não a visita, a culpa é sempre só minha. Porque, como ela diz a toda a gente, EU não o deixo ir ver a mãe. 
- na cabecinha dela devem de surgir imagens do filho, refém da mulher, atado a uma cadeira, amarrado com nó duplo e uma caçadeira apontada. Só pode. Porque entender que o filho não tem paciência para a aturar, isso sim, é demasiado surreal.
E convosco? Acontece?

[Coisa @ 05/03/2014]

 

 

Num dia de desespero, lá aceitei a ideia da Sogra lá ir passar o dia com as crianças, enquanto eu agonizava na cama com uma imensa gastroenterite. 
Preparei um tacho enorme de arroz de manteiga e temperei uns bifes, antes dela chegar, para minimizar a problemática da coisa. 
Ao final do dia apercebi-me que o almoço havia sido esparguete. Perguntei porquê. 
- "o arroz cheirava a azedo, joguei para o lixo".
Não consigo/posso descrever o que me passou pela cabeça nesse momento.

[Coisa @ 05/03/2014]

 

 

No primórdio dos tempos, quando ainda pensavas que a tua sogra podia ficar na tua casa uns dias... 
Ela: Ah! Tens aqui tanta roupa para passar a ferro... (Adicionar ar sonso reprovador)
Eu: Sim, mas deixe estar, a D. ****** está de férias e gosto de fazer as coisas eu.
De seguida expliquei que passo sempre a roupa do avesso, que dobro as camisas em vez de as pendurar e por ai fora. Mais tarde fui trabalhar.
Imaginam o que encontrei quando cheguei a casa?
A roupa toda passada do direito, assim bem vincada com o ferro, os pretos cheios de marcas e brilhos, as camisas penduradas e as as meias todas dobradas da maneira exactamente oposta ao que costumo fazer.
Se fez de propósito? Não tenho dúvidas. Tenho cá para mim que até andou a abrir as gavetas para fazer exactamente ao contrário do que lá viu. 
A cereja no topo do bolo? No dia a seguir íamos de férias e obviamente não havia tempo para refazer aquele lindo serviço.
[Criatura @ 05/03/2014]

 

 

Coisas que me transcendem: ligar para avisar que a prima XPTO, em décimo grau, aquela que o Coiso não vê desde os dois anos de idade, faz anos. "Tens que ligar filho. A família é importante!"
Quando o Coiso lhe responde muito friamente que uma das netas fez anos na semana passada, a resposta é... como se esperava que fosse.
- "Ai sim? Quem?!? A coisa - como - é - que - é - mesmo o nome? A minha netinha?? Ai! Então dá-lhe os parabéns! Opah. Olha, não nos podemos lembrar de tudo".
[Coisa @ 04/03/2014]

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